Novas técnicas de limpeza amenizam o problema da sujeira em Aparecida

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Por: Lucas Staut

 Muitos romeiros passam por Aparecida e deixam pra trás um grande problema, que é o lixo. Por se tratar de uma grande quantidade, cerca de 16 toneladas em média a cada fim de semana, esquemas especiais de limpeza têm sido montados e o uso de novas técnicas têm sido fundamental. “Temos um caminhão-pipa que possui um sistema de jateamento d’água que faz com que a pressão “varra” o chão, fazendo uma lavagem. Em seguida, o trator puxa a sujeira com o que chamamos de vassourão, agrupando ainda mais o lixo. Aí entra a turma da vassoura, que varre e junta o lixo nos carrinhos e aí esse lixo finalmente é colocado no caminhão coletor. Para se manter limpo um local grande como esse, são necessários 108 homens, divididos em 77 para a limpeza interna e 31 para a externa. Temos ainda como voluntários os Anjos da Limpeza , que ficam ocupados com a reciclagem. A limpeza é feita mesmo por funcionários do Santuário.”, diz o sr. Antonio Francisco, gerente de conservação, responsável pelas limpezas interna e externa do Santuário. “Os lixos recolhidos são os mais variados possíveis, desde palitos de sorvete, sacolas plásticas, garrafas, embalagem de alimentação, fraldas descartáveis, marmitex, sacos com urina, descargas dos sanitários dos ônibus, até paralelepípedos e pedaços de madeira. Enfim, tem de tudo”,complementa Francisco. Outra vantagem do uso dessa técnica é o uso de água, que faz a limpeza da urina, pois muitos que visitam Aparecida urinam no pátio, entre os ônibus. Em contrapartida, gasta-se muita água, cerca de um a três caminhões, dependendo da quantidade de lixo. O santuário possui uma propriedade próxima ao pátio, a fazenda Santana, onde têm duas represas, de onde essa água é retirada. “Boa parte da limpeza é feita à seco”, finaliza Francisco. A assessora de imprensa do Santuário, Flávia Gabriela, afirma que o Santuário Nacional possui uma grande preocupação com a preservação ambiental. “Além de uma estação própria de água que a examina para o acompanhamento de sua potabilidade, existe um projeto de cuidado com as nossas nascentes, onde são plantadas várias mudas de árvore e existe um acompanhamento de toda a situação do perímetro. O santuário atualmente está investindo em uma estação de tratamento de esgoto própria, em fase de construção e que está sendo idealizada por profissionais da USP. Além disso, temos um esquema de coleta seletiva, feito por pessoas que fazem parte de uma cooperativa e é acompanhado por nosso departamento de Segurança do Trabalho e Meio ambiente”, afirma.

 O problema da falta de consciência ambiental é global, e em Aparecida esse problema é um agravante, pois a concentração de pessoas é maior. Passam pelo santuário em médias 250 mil pessoas a cada fim de semana, nos períodos de maior movimento.

 “O que é necessário é a conscientização dos visitantes, pois temos mais de 120 lixeiras espalhadas pelo perímetro”, complementa Flávia. O problema parece mesmo ser cultural, pois apesar do grande movimento de devotos, o santuário conta hoje com 653 vasos sanitários, 328 lavatórios e 141 mictórios espalhados por toda a extensão do santuário. “Estamos construindo mais 274 vasos sanitários, 160 lavatórios e 41 mictórios, que devem ficar prontos até o final desse ano. Teremos no total, 927 vasos sanitários, 488 lavatórios e 186 mictórios, um número considerável e que deve ajudar muito na diminuição desse problema. Essas obras são feitas de acordo com um plano diretor que avalia as necessidades, portanto, vimos que realmente havia a necessidade dessas obras. Esperamos que realmente essas obras venham beneficiar os visitantes, para que se sintam sempre bem acolhidos no Santuário Nacional” explica Flávia. Esse problema do lixo não é recente. Existe há muito tempo e tem tido menores proporções devido à essas atitudes tomadas por pessoas que voluntariamente ou não recolhem o lixo de quem esquece de fazer seu papel de cidadão. Se cada um fizer a sua parte, recolher o seu lixo, viveremos em um mundo melhor. Vivemos em tempos em que se faz necessária a conscientização ambiental. Portanto, faça sua parte!

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